
MUSESUS FUNERÁRIOS: DESCUBRA OS PRINCIPAIS 6 NO MUNDO
Desfrutar das riquezas naturais, artísticas, culturais e históricas são os principais aspectos buscados pelos turistas no momento de planejar uma viagem. Sabemos que o nosso planeta é repleto de locais que enchem nossos olhos – como praias, montanhas e centros urbanos –, mas há quem goste de vivenciar novas experiências em lugares considerados, no mínimo, inusitados.
Neste artigo, a Luto Curitiba te levará para um passeio diferente de tudo o que você já viu, cheio de curiosidades sobre um assunto que ainda é cercado de tabus: a morte. Continue a leitura e conheça alguns dos principais museus funerários ao redor do planeta.
Uma volta ao mundo pela história funerária
Além de urnas (caixões), carros fúnebres e mausoléus, os museus funeráriosresgatam a história de nossos antepassados e retratam um dos rituais mais antigos e importantes da humanidade. Por mais “estranho” que possa parecer, visitar esses espaços pode ser uma aventura bastante engrandecedora, carregada de informação sobre os comportamentos de povos, rituais de determinadas épocas e mudanças no setor funeral. Descubra abaixo a história de cada um deles.
1. Memorial Funerário Mathias Haas
Com o propósito de preservar os documentos e objetos que o marmorista reuniu ao longo da vida, seus descendentes buscaram a contribuição da historiadora Elisiana Trilha Castro, especialista em patrimônio cultural funerário, para compilar a trajetória da família e de suas contribuições para as práticas funerárias em Santa Catarina. A equipe responsável dividiu o acervo em seis coleções distintas, com o propósito de facilitar o entendimento: fotografias, documentos textuais, marmoraria, arquitetura tumular, miscelânea e a história da família Haas.
O Memorial Funerário Mathias Haas é aberto ao público e recebe visitas por meio de agendamento prévio. O local fica aberto de segunda a sexta-feira, das 13h às 17h e sábado das 8h às 12h.
2. Museu Funerário de Viena
O Bestattungsmuseum foi o primeiro museu do mundo dedicado a resguardar artigos fúnebres. Inaugurado em 1967, o espaço tem cerca de 300 metros quadrados e conserva mais de 250 objetos e imagens originais dos arquivos de sepulturas e cemitérios de Viena.
O edifício fica localizado dentro do Cemitério Central (o segundo maior da Europa), que abriga cerca de 3 milhões de pessoas enterradas, o que representa quase o dobro da população de Viena.
No Museu Funerário de Viena é possível encontrar máscaras mortuárias, caixões, uma carruagem original para transporte fúnebre do início do século XX, trajes para as cerimônias fúnebres, um caixão dobrável datado de 1784 e até mesmo um sino que era colocado junto ao corpo do falecido para que fosse tocado caso a pessoa fosse enterrada viva.
Após a sua reabertura em setembro de 2014, toda a exposição foi modernizada e agora é apresentada de forma interativa e multimídia. Diversos monitores foram colocados para transmitir materiais restaurados do funeral de pessoas importantes da Áustria, vídeos em 3D, áudios com canções fúnebres, audioguia e outros recursos que complementam a história dos objetos expostos.
3. Museu Nacional da História Funeral
Para os amantes de história, o National Museum of Uneral History (Museu Nacional da História Funeral) é uma ótima opção. Situado na cidade de Houston no Texas, o espaço dispõe do maior acervo de artefatos de serviços funerários dos Estados Unidos e ainda conta com exposições de grandes representantes, como o memorial dedicado ao ex-presidente George W. Bush, e a exibição que honra a vida e morte dos papas e tem destaque para os rituais dos funerais papais.
Esse museu tem um foco bastante educacional, com a finalidade de levar alunos, professores e a toda a comunidade a uma viagem pela história humana, ciência, cultura e costumes sociais. As quinze exposições são indicadas para crianças maiores de 7 anos e seus tópicos são adequados de acordo com a faixa-etária.
Dentro do local é possível conhecer a herança cultural da indústria de serviços funerários, através da história da cremação, do embalsamento, dos carros funerários e dos caixões. Além de exibições relacionadas ao Dia dos Mortos, Funerais Presidenciais, Funeral japonês, Funerais de Jazz, dentre outras.
4. Museu Nacional da Morte
No México, mais precisamente na cidade de Aguascalientes, está instalado o museu que resgata a iconografia da morte e da arte funerária ao longo desenvolvimento histórico. O acervo teve início com os itens relacionados à morte do artista Octavio Banojero Gil e depois teve sua coleção ampliada com doações de artistas e voluntários.
Por meio de exposições cronológicas, o local retrata o comportamento sobre a morte e à vida após a morte desde a época pré-hispânica, com obras de antes de comunidades indígenas da região.
E claro, não poderia faltar a história da celebração mais popular do pais: o Dia de Los Muertos (Dia dos Mortos). As tradicionais calaveras, também conhecidas como caveiras mexicanas ou de açúcar, os famosos esqueletos e os registros fotográficos de rituais funerários são os itens que mais despertam o interesse dos visitantes no Museu Nacional da Morte.
5. As Catacumbas de Paris
Diferente dos museus apresentados até o momento, as Catacumbas de Paris estão dentro de um labirinto com dois quilômetros de galerias subterrâneas, a vinte metros de profundidade, onde os visitantes podem desbravar um vasto ossuário que acomoda os restos mortais de milhões de parisienses – transferidos dos cemitérios no final do século XVIII, devido aos problemas de saúde pública na cidade.
Antigamente, os ossos eram empilhados de maneira solta, mas após a reforma decorativa realizada nas Catacumbas pelo Inspetor Héricart de Thury, no início do século XIX, eles foram organizados em paredes, transformando as galerias em um local museográfico e monumental. Similar à uma pedreira, a fachada do local é composta por fileiras de tíbias alternadas com crânios, e as sobras dos ossos foram amontoados atrás da parede.
O ambiente é aberto ao público desde 1809 e até hoje tem sido foco de vários estudos arqueológicos, geológicos e históricos. O labirinto possui 131 degraus para descer e 112 para subir, e a visita leva em torno de uma hora.
6. Sutton Hoo
Na propriedade de Sutton Hoo, no leste da Inglaterra, foram encontradas duas necrópoles datadas dos séculos VI e VII d.C. Uma delas representava o maior navio funerário anglo-saxão da história da arqueologia, com 25 metros de comprimento e que foi utilizado no passado como câmara mortuária. Após as escavações, foram descobertos artefatos militares, capacetes, escudos, moedas de ouro e prata, tecidos finos e objetos de metal que foram doados pela então proprietária Edith Pretty, para o Museu Britânico.
Além do navio, cerca de 18 túmulos de reis foram encontrados no Royal Burial Ground (Cemitério Real), localizado dentro do sitio arqueológico de Sutton Hoo. A sepultura dupla de um jovem guerreiro com seu cavalo também foi um dos achados mais significativos.
A história da embarcação se tornou tão importante que foi adaptada para o cinema. O filme “A Escavação” foi baseado no livro escrito por John Preston, e relata como aconteceram as escavações e descobertas arqueológicas no local. A produção está disponível na Netflix.
Fonte: ANEL + Luto Curitiba
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