PRINCÍPE FILIPE E O PLANEAMENTO DO SEU PRÓPRIO FUNERAL

PRINCÍPE FILIPE E O PLANEAMENTO DO SEU PRÓPRIO FUNERAL


Partilhamos um interessante artigo do jornal online ‘Observador’ que descreve a forma como o príncipe Filipe planeou o próprio funeral. As músicas, as insígnias e até o Land Rover. O duque de Edimburgo, que morreu aos 99 anos, esteve ativamente envolvido na preparação do próprio funeral que aconteceu este mês.

 

Como o príncipe Filipe planeou o próprio funeral de influência militar durante 18 anos

Embora tenha morrido apenas há uma semana, aos 99 anos, a cerimónia fúnebre que sinaliza o último adeus ao duque de Edimburgo esteve 18 anos em preparação. Como se isso não bastasse, o próprio príncipe Filipe esteve envolvido em todos os detalhes, tendo organizado a ocasião com aquilo que o The Telegraph garante ser rigor militar.

A viagem final do duque, a partir das 14h20, acontece no Land Rover Defender TD5 130 que o próprio vinha a modificar desde 2003 — será neste veículo pintado em tons de verde militar, numa clara associação às Forças Armadas, que o caixão será transportado no decorrer da procissão que o encaminhará até ao interior da Capela de São Jorge. O funeral será real e não de Estado e acontecerá na íntegra dentro dos terrenos do Castelo de Windsor. O caixão de Filipe estará coberto pelo seu estandarte, por uma coroa de flores e terá ainda o seu chapéu da Marinha e a sua espada.

Foi também o príncipe quem escolheu quais os emblemas e insígnias reais que vão estar em exposição no altar, no interior da Capela de São Jorge, as quais farão referência à herança dinamarquesa e grega do marido da rainha Isabel II (entre elas estarão também as medalhas e as condecorações atribuídas pelo Reino Unido e pelos países da Commonwealth, juntamente com o bastão de marechal de campo do duque e as asas da Força Aérea Real). Já as escolhas musicais tiveram de ser adaptadas de acordo com as restrições impostas pela crise sanitária e as canções — pessoalmente escolhidas pelo duque antes da sua morte —, incluindo o hino nacional, serão interpretadas por um coro composto apenas por quatro pessoas.

Depois de o caixão ser depositado no Jazigo Real, os corneteiros da Marinha tocarão “The Last Post” — para significar que “o soldado foi para o seu descanso final”. Depois é a vez dos trompetistas da Cavalaria Pessoal tocarem “Reveille” e, finalmente, os corneteiros dos Fuzileiros Reais tocarão “Action Stations”, que nos navios de guerra simboliza o momento em que todos devem recolher aos postos de batalha, um pedido específico do duque que, apesar não ser comum nos funerais, pode ser solicitado por qualquer pessoa ligada à Marinha Real.

O momento pretende simbolizar o passado do duque, que prestou serviço ativo na Segunda Guerra Mundial a bordo de um navio da Marinha Real. O evento terá uma forte componente militar e náutica, sendo que mais de 700 militares de unidades ligadas ao duque vão participar no funeral deste sábado.

Os detalhes do funeral foram confirmados esta quinta-feira pelo Palácio de Buckingham, no mesmo dia em que foram conhecidos quem são os 30 convidados — entre os quais estão três familiares alemães do duque — e que a rainha Isabel II vai mesmo sentar-se sozinha durante a cerimónia de 50 minutos. As regras de distância de dois metros estarão em vigor, bem como o uso de máscaras faciais.