PARABÉNS AO EMPREENDEDORISMO EMPRESARIAL
Temos verificado, que de há uns dias para cá, os números de casos e mortes por Covid-19 reduziram substancialmente.
Estes resultados são fruto das medidas impostas aos portugueses, após ter sido o pior país do mundo do ponto de vista de novos casos diários e mortes por 100 mil habitantes. Infelizmente, tivemos de chegar a este ponto para que as pessoas que estão à frente das decisões e da estratégia de ação no combate à pandemia, tivessem tido um rasgo de luz e atuassem em conformidade com a realidade atual.
Porém, não nos podemos concentrar apenas em números de novos casos diários e na redução significativa da mortalidade. Na data em que escrevo este editorial, estão ainda internados mais de seiscentos doentes nos cuidados intensivos!
Face ao descalabro social e económico que atualmente vivemos, qualquer gesto inteligente vindo de quem nos governa, seria sempre uma boa notícia.
O que aconteceu foi a publicação de uma Norma “extemporânea e despropositada”, e lançou “uma celeuma perfeitamente gratuita” por ter acontecido sem qualquer planeamento e previsão do impacto que produziria no setor funerário (operadores funerários, entidades hospitalares, entidades cemiteriais) e nos enlutados.
O empreendedorismo empresarial está sempre um passo à frente e de modo a mitigar os efeitos colaterais, operacionais, psicológicos e de contágio estabelecidos na norma que permite a visualização do cadáver, foi criado um sudário com visor. Deste modo, fazer coincidir o visor do sudário com o visor da urna, potenciará uma proteção acrescida para todos.
Em conclusão, estou convicto que a utilização deste tipo de equipamento constitui uma acrescida proteção para os auxiliares de ação médica e operadores de agências funerárias no acondicionamento e manuseamento dos cadáveres e simultaneamente permite a identificação visual pelos enlutados, com riscos reduzidos para todos.
Se analisarmos a questão do ponto de vista económico, somos de opinião que constituirá um benefício para o Centro Hospitalar, porque só será necessária a utilização de um sudário. A ecologia também agradece, independentemente que o destino seja cremação ou inumação.
É assim tão difícil fazer as coisas com competência, oportunidade e planeamento?
A DGS não se importa com o setor funerário e teima em pôr-nos sempre à prova, abandonados à nossa sorte… mas somos rijos!!!!
Carlos Almeida | Presidente da Direção